Abriu-se as portas do circo, de dentro saem meus maiores temores : PALHAÇOS. Serem invasivos, e que fazem diversos rir. Mas só me fazem chorar.
As luzes se acendem uma por uma, e naquele palco patético aonde crianças, adultos e velhos sentados na arquibancada esperam por um pingo de luz em sua alma desequilibrada. Eu me sento, sozinha no meio daquela multidão, olhares diversos me encaram como se me conhecessem suficientemente bem para me julgarem com suas línguas fervidas de desavenças.
Um palhaço senta no chão do palco e me encara como se soubesse quem eu fosse e qual era minha dor, e disse : ''Ei, falta muito para você se sentir feliz ou toda sua infelicidade é devido a felicidade dos outros?''
Me irrita demais ouvir de estranhos e de pessoas que nem sequer me conhecem que eu me incomodo com o bem estar alheio.
Minha única resposta para aquela absurda pergunta foi : ''Seu palhaço, me desculpe dizer isso, mas você só faz as pessoas rirem porque é suficiente pobre em alegria, e tão pobre és que precisa da risada dos outros para se sentir vivo.''
Os olhares da platéia antes de adversos se tornaram lágrimas naquele pequena lona de circo no meio do nada.
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